sábado, 7 de julho de 2012

Pequeno Varejo

O pequeno varejo tem apresentado crescimento significativo no Brasil.  Segundo
dados da Nielsen de 2007 o pequeno varejo, que em 2003 participava com 11% do
faturamento no varejo alimentar, passou a participar com 13% em 2006. Isso implica em
uma maior concorrência imposta aos donos do pequeno varejo que, além da concorrência
de vizinhança, enfrentam também a concorrência de grandes redes que têm aberto lojas
menores, tal como o Carrefour Bairro, em centros urbanos, locais anteriormente
dominados por pequenos grupos varejistas. 
Com isso, aumenta-se a relevância para que o pequeno varejista invista em sua
loja e profissionalize seu gerenciamento de sortimento, preços, espaços, comunicações e
serviços. Por outro lado, as indústrias e os atacadistas também devem estar cientes desse
acontecimento, implicando em mais esforços para manterem seus produtos e espaços nas
gôndolas do pequeno varejo e, até mesmo, nos espaços nobres das lojas. Como um dos
possíveis esforços, essas organizações deverão investir para que suas equipes de vendas
consigam demonstrar, junto ao pequeno varejo, uma preocupação com o negócio deles
como um todo, de maneira a diagnosticar as lojas e, em casos mais avançados, realizar
sugestões de melhorias no layout e gestão da loja.
Nesse contexto, o suporte da indústria à aplicação do gerenciamento de categorias
no pequeno varejo apresenta-se como uma oportunidade para os dois agentes: o primeiro
poderá obter mais espaço disponível na área de vendas e, o segundo, benefícios em
termos de dispor de sortimento mais adequado ao cliente (shopper), melhor exposição,
melhor abastecimento e calendário eficiente de promoções, criando satisfações para gerar
uma maior satisfação nos clientes e, inclusive, ampliar a base de clientes, alavancando as
vendas na loja. 
O gerenciamento de categorias (GC) “é  uma realidade nas grandes redes de
supermercados e hipermercados, farmácia  e lojas de materiais de construção”
(DOMINGUES, 2008), porém não é ainda uma realidade adaptada no pequeno varejo,
pois sua metodologia é complexa, coerente com sua origem, concebida por um grande
varejista, o Wal-Mart, em conjunto com a Procter & Gamble, a partir de um sistema
denominado de ECR (Efficient Consumer Response) durante a década de 80 e início de
90. O fator motivador do ECR ocorreu em virtude de que os varejistas e seus
fornecedores se tornaram mais conscientes quanto à necessidade da melhoria dos serviços
oferecidos ao longo da cadeia, buscando entregar mais valor ao consumidor final (REIS;
TEIXEIRA, 1998, p. 3).
Portanto, considerando o crescimento  do pequeno varejo e a necessidade das
indústrias estarem, cada vez, mais integradas aos varejistas, o problema de pesquisa
investigado neste artigo envolve como pode ser adaptada a metodologia tradicional de
gerenciamento de categorias para a aplicação no pequeno varejo?
Essa é a questão central pesquisada  para o presente artigo, de maneira a
apresentar, como resultado, uma proposta de metodologia do gerenciamento de categorias
aplicada por uma indústria de bebidas em pequenos varejistas.




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