sábado, 22 de setembro de 2012

Quase 80% dos novos membros da classe média são negros, diz governo


Quase 80% dos novos integrantes da classe média são negros, segundo pesquisa da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20), durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.
Estudo da SAE mostra que, nos últimos dez anos, 35 milhões de brasileiros ascenderam à classe média – que já soma mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, mais da metade da população brasileira. A expectativa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República é que a classe média continue crescendo nos próximos anos, chegando a 57% de toda a população brasileira em 2022. Atualmente, ela representa 53% da população do país.

Segundo os critérios da secretaria, quem vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. A comissão responsável pelos parâmetros reconhece que o valor é baixo, mas afirma que a renda familiar por pessoa de mais da metade da população é inferior a R$ 440 por mês. São consideradas pobres famílias com renda per capita inferior a R$ 291 por mês.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês.
"O crescimento da classe média brasileira foi resultado de um crescimento com redução da desigualdade. Se tivéssemos tido o mesmo crescimento, sem redução das desigualdades, a classe média teria crescido apenas 5 pontos percentuais. Deste modo, dois terços [66%] do avanço da classe média [nos últimos dez anos] se deve à redução das desigualdades", informou o secretário de Assuntos Estratégicos do órgão, Ricardo Paes de Barros.
O secretário disse que também subiu, nos últimos anos, a chamada "classe alta", mas não na mesma intensidade da classe média. "A gente tirou mais pessoas da classe baixa [para a classe média] do que aumentou a classe alta. A classe média continua ascendendo. Parte dela foi promovida à classe alta, e esse processo vai continuar ao longo da próxima década". 
A renda per capita da classe alta brasileira é mais de quatro vezes superior à renda da classe média
De acordo com o levantamento da SAE, da Presidência da República, a renda per capita da classe alta brasileira é mais de quatro vezes superior à renda da classe média. "Como principal hiato em relação à classe baixa, neste caso, é o diferencial de produtividade, que justifica uma parcela ainda maior: 72%. Em segundo lugar, surge a maior renda não derivada do trabalho da classe alta, que explica 22% da maior renda per capita da classe alta", informou o governo.
Segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos, a classe média trabalha, em média, 41 horas semanais, pouco menos do que a classe alta (42 horas por semana), ambas acima da média nacional de 40 horas por semana. O governo concluiu que a taxa de ocupação da classe média e o grau de formalização são importantes, mas acrescentou que a educação é um "fator decisivo" para explicar a diferença entre a renda das classes média e alta.

Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/quase-80-dos-novos-membros-da-classe-media-sao-negros-diz-governo.html?fb_action_ids=409562679093081&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=246965925417366

domingo, 16 de setembro de 2012

86,23% das empresas não percebem diferença salarial entre homens e mulheres


Uma pesquisa realizada pelo Guia Salarial da HAYS e o Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper, avaliou que em 86,23% das empresas entrevistadas não percebem nenhuma diferença salarial entre homens e mulheres, embora apenas 17,51% delas fazem algum tipo de monitoramento sobre o assunto.

"Esse resultado, confirmando outros estudos à disposição no mercado, mostra que as companhias acreditam que não há uma discrepância entre os gêneros nas empresas, por esse motivo não investem no acompanhamento do tema", diz a professora do Insper, Regina Madalozzo.
Outro dado importante é sobre a necessidade de um comportamento mais igualitário entre homens e mulheres em outros aspectos além do salarial. "Uma percepção geral é de que a presença da mulher é mais importante do que a do homem na família, dado confirmado pela legislação brasileira, que privilegia a licença-maternidade em relação à licença-paternidade", diz Regina. A pesquisa informa que 52,09% delas não têm nenhuma forma de licença parental opcional (termo usado genericamente para licenças que são possíveis para mães e pais de bebês recém-nascidos; elas podem ser especificamente para a mãe, ou para o pai, ou para ambos) e as que oferecem essa opção aos seus funcionários, apenas, 21,23% o fazem tanto para homens quanto para mulheres. 
Imagem: Thinkstock

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Gestão 2.0: o que é?



Fazer a gestão é procurar controlar variáveis e se adaptar às incontroláveis para se chegar a um dado objetivo. Certo?
Há variáveis sobre as quais temos ingerência – que podemos administrar; E outras a que temos que nos adaptar. A base de um ambiente de gestão (controle/descontrole) começa pela troca de informações, da circulação de ideias. Ninguém vende ou compra nada para ou de ninguém, não faz nenhum troca, sem antes criar um canal informacional/comunicacional para que ela seja feita.
Assim, a base dos negócios começa com:
- uma plataforma de informação e comunicação;
- sobre a qual se desenvolve uma plataforma de trocas.
Quando uma muda, a outra se adapta e vice-versa.
Dessa maneira, podemos dizer que a gestão é diretamente condicionada pela plataforma de comunicação e informação da sociedade, que estabelece regras específicas de controle e de troca.
Se temos uma mudança nessa plataforma básica, os negócios mudam.
Se temos uma mudança radical na forma de controle dessa plataforma básica, a gestão também muda de forma radical, pois o controle passa a ser feito de uma nova maneira, com repercussão na gestão.
O grande problema que estamos vivendo com a chegada da Internet é que consideramos que a gestão continua a mesma com pinceladas de uma nova tecnologia, uma nova forma de comunicação.
Porém, estamos mudando a forma de controle da plataforma de informação e comunicação.
Ou seja, os que estão acessando essa nova plataforma estão experimentando uma troca mais desintermediada do que a passada – reintermediando processos, tanto de comunicação (primeira etapa) como de trocas (segunda fase).
E estão gostando disso e mudando-se enquanto usam.
Ou seja, usar o novo ambiente cognitivo significa uma mudança do ser humano, que passa a ser mais maduro cognitivamente e emocionalmente daqueles que se acostumaram ao papel impresso, ao rádio, a televisão.
Dessa forma, estamos entrando, inapelavelmente, em um mundo novo, com uma nova plataforma de troca informacional, que nos leva a um novo ambiente de controle, com novos consumidores/cidadãos – que implica em uma nova forma de se fazer a gestão.
Assim, não é a Internet que vai se adaptar à atual gestão, porém a atual gestão que vai se adaptar à Internet.
Ou seja, temos dois modelos de controle que estão vivendo em paralelo hoje:
- O modelo 1 (de controle tradicional/analógico) – com um centro muito forte, que coordena as ações, que estabelece uma separação entre os vários pontos, criando uma intermediação específica, nisso se encaixam professores, médicos, jornalistas, organizações de todos os tipos;
- O modelo 2 (de novo controle digital) – com um novo centro mais inteligente e sofisticado, que permite a troca muito mais livre entre as pontas, reintermediando de forma mais inteligente os processos.
O modelo 1 tem processos e custo mais elevado do que o modelo 2, por isso ficará cada vez mais obsoleto, pois não consegue impedir que empreendedores + capital de risco entrem em cada vez mais áreas com a nova forma de gestão tanto da comunicação, quanto dos processos. Na área pública, nota-se a necessidade de aumento cada vez maior de quadros com resultados cada vez menores.
Uma revolução cognitiva estabelece, assim, uma nova forma mais sofisticada de controle (gestão), baseada em novos princípios, conceitos, métodos e tecnologias.
A nova forma é incompatível com a anterior.
Tentar criar organizações híbridas (com dois tipos de controle) é uma insanidade típica de um tempo sem clareza.
O modelo 1 é incompatível com o modelo 2!
Simples assim, são dois modelos de controles com DNAs diferentes.
Precisamos criar um canal de passagem, no qual é preciso ter as duas áreas agindo em paralelo, com a 1 isolada da 2.
É a forma mais barata e eficaz de fazer a passagem.
As tentativa que estão sendo feitas de misturar modelos é altamente dispendiosa, com resultados pífios, como estamos vendo por aí.
Que dizes?